O projeto “Moinhos Vivos” propõe-se a valorizar o património cultural e natural dos cursos de água do Baixo Guadiana, restabelecendo ligações ancestrais entre o património hidráulico tradicional e a conservação da biodiversidade fluvial. Focado nas ribeiras do Vascão, Foupana, Carreiras e Odeleite, o estudo aborda ecossistemas vulneráveis a eventos climáticos extremos, como secas e cheias, agravados pelas alterações climáticas. Serão analisadas as características técnicas e funcionais dos moinhos, avaliando o seu papel como refúgios de biodiversidade em períodos de stress climático. O projeto visa gerar conhecimento para desenvolver soluções integradas que promovam a conservação de espécies nativas vulneráveis, o controlo de espécies exóticas, a recuperação de património hidráulico abandonado e a valorização das paisagens culturais ribeirinhas. Dessa forma, reforça-se a ligação entre ciência, cultura e ambiente, assegurando a preservação ecológica e patrimonial dos rios.

(transcrição do projecto) 

O projeto é liderado pelo investigador R. Bruno Matos, integrado na equipa do BIOPOLIS-InBIO, um investigador doutorado em arquitetura, perfil património arquitetónico, com uma tese sobre as azenhas e açudes do baixo Ave. Na última década tem desenvolvido diversos estudos, publicações e atividades científicas sobre o tema do património molinológico, bem como projetos arquitetónicos de intervenção e obra de reabilitação do património molinológico no Noroeste de Portugal. Este investigador tem as competências para fazer integração das várias componentes do projeto, sendo crucial para promover o diálogo entre as componentes de ecologia e património.

Na área da ecologia, a equipa conta com investigadores muito experientes, integrados no BIOPOLISInBIO e/ou membros da EBM: o Diretor do BIOPOLIS-INBIO, Professor Catedrático Nuno Ferrand; o Investigador Coordenador Pedro Beja; o Investigador Auxiliar Manuel Lopes-Lima; o Professor Associado Paulo Célio Alves; e os investigadores juniores Filipa Martins e Miguel Porto. No seu conjunto, estes investigadores têm centenas de artigos científicos sobre biodiversidade e ecologia, vários deles resultantes de trabalho na região geográfica do projeto. A equipa tem também competência nos vários grupos taxonómicos estudados e nas técnicas avançadas de amostragem da biodiversidade. Destaca-se a experiência da equipa na área do DNA ambiental, o que constitui um dos elementos mais inovadores e uma mais-valia clara para o desenvolvimento de sistemas inovadores de monitorização da biodiversidade na região. Estes investigadores têm também vasto trabalho efetuado na ligação entre investigação e aplicação prática dos seus resultados, omeadamente na elaboração e implementação de estratégias e planos de conservação da sua biodiversidade.

Na área do património arquitetónico e molinológico, para além do PI Bruno Matos, temos um corpo de investigadores integrados no Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, nomeadamente no grupo de investigação PACT – Património da Arquitectura da Cidade e do Território cujo coordenador é o Professor Catedrático Rui Póvoas que integra a equipa. O investigador Nuno Valentim, professor associado e doutorado pela FAUP, tem colaborado com o BIOPOLIS-INBIO na investigação e produção de conhecimento a partir dos cruzamentos disciplinares entre biologia, paisagem, arquitetura e Património.

(transcrição do projecto) 

Equipa

Nuno Ferrand
Pedro Beja
Manuel Lopes Lima
Paulo Célio Alves
Rui Póvoas
Nuno Valentim
Filipa Martins
Miguel Porto
R. Bruno Matos