Ana Rita Rodrigues Gomes é arquitecta e investigadora, actualmente a frequentar o Doutoramento em Arquitectura na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), onde integra o Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (CEAU) desde 2024. A sua investigação centra-se na linguagem arquitectónica de Louis I. Kahn, com especial foco nos pilares de luz, sombra, ordem e forma — elementos estruturantes do seu pensamento crítico e da sua prática projectual. É Mestre em Arquitectura pela Universidade de Coimbra, com parte da formação realizada na Università degli Studi Roma Tre, ao abrigo do programa Erasmus. A sua dissertação de mestrado foi orientada pelo Prof. Doutor Jorge Figueira e co-orientada pelo Prof. Doutor Bruno Gil, abordando “o limiar entre o silêncio e a luz na obra de Louis I. Kahn”, dando início a uma reflexão contínua sobre a dimensão sensível e imaterial do espaço arquitectónico. Com uma prática que cruza investigação, projecto e experimentação material, fundou em 2021 o atelier CURO.architectureatelier, no qual desenvolve projectos autorais e colaborações em contextos multidisciplinares. Paralelamente, colabora desde 2020 com a empresa SG-Foam Solutions como especialista em desenvolvimento de produto, com foco no desenho industrial, combinando novas tecnologias de corte com soluções adaptadas a cada cliente. Anteriormente, integrou os ateliers VERUM.atelier e FRARI – architecture network, onde participou no desenvolvimento de projectos desde a fase conceptual até à execução. Em 2018, colaborou com o CITAD – Centro de Investigação em Território, Arquitectura e Design – em projectos focados na sustentabilidade e auto-construção, incluindo o desenvolvimento de blocos de encaixe de baixo carbono e soluções habitacionais modulares para contextos de baixa densidade populacional. O seu trabalho tem sido reconhecido em concursos internacionais, com prémios e menções honrosas que evidenciam uma abordagem poética e comprometida com a escala humana. Destacam-se o 2.º lugar no concurso “Ethereal” (2024), o 3.º lugar em “de profundis” (2023), e distinções em propostas como “Chashitsu”, “Notos”, “Forest” e “Think small, design even smaller”. Foi oradora convidada na conferência Arquitectura Fora de Casa (2021) e participou em exposições como Arquitectas da Nossa Casa (2024) e Conimbriga – Interpretação do Sítio Arqueológico pelo Projecto (2015). Tem publicações em revistas e compilações temáticas, nacionais e internacionais, como a Archhive Books e a colectânea do concurso Kaira Looro Cultural Center (2018). O seu percurso afirma-se pela transversalidade entre pensamento e prática, onde a arquitectura é entendida como uma linguagem de ordem, matéria e luz — convocando uma experiência sensível e reflexiva do espaço.